É assinalado esta quarta-feira, 08 de Novembro, o Dia Mundial do Urbanismo. Desde os primórdios, o urbanismo vem sendo usado para estabelecer padrões para o crescimento de uma cidade em vários âmbitos, entre eles o técnico, económico e administrativo.
O Dia Mundial do Urbanismo propõe um debate lúcido sobre a promoção e criação de soluções de urbanismo, que podem contribuir para uma saudável integração dos elementos de uma comunidade. Entre os temas debatidos estão o sistema de transportes, locais para habitação, soluções de lazer e planeamento de áreas verdes. Porém, não deixam de ser colocadas questões como: que tipos de políticas públicas têm sido adotadas para fazer face ao crescimento da cidade informal? Como tornar as cidades habitáveis e como dar-lhes um sentido de sustentabilidade?
De acordo com estudiosos do tema, uma das preocupações no mundo actual é o crescimento demográfico. Não tanto o crescimento em si mesmo, mas mais a forma desequilibrada como ele ocorre geograficamente.
Em Angola, não obstante haver uma clara e assumida tendência de melhorar a política do ordenamento do território, por via de leis e Planos Directores, existem ainda problemas ao nível de infraestruturação do país. Aliado a este crescimento, e com efeitos mais gravosos que o crescimento demográfico em si mesmo, regista-se um aumento da taxa de ocupação urbana, que se revela numa concentração excessiva de pessoas em áreas exíguas ou deficientemente equipadas para acolher essa carga demográfica, afirmam especialistas.
A continuar o crescimento urbano nesta senda, corre-se o risco de se ver agravado o fenómeno das cidades informais, o que coloca, neste âmbito, vários desafios aos Estados e aos Governos e em especial ao Governo angolano face à necessidade de habitação e de infraestruturação decorrentes de um enorme crescimento demográfico e de uma forte concentração das populações nas cidades, em particular na capital do país.